Eu fracassei.
Definitivamente fracassei feio em grau, gênero e número. Várias vezes na última década da minha existência, em todas as áreas da minha vida e até com as pessoas que mais amo.
Uai mas o assunto não é auto sabotagem?
Pois é, a questão toda é que de tanto fracassar, ao menor sinal de sucesso o meu inconsciente me sabotava e logo fracassava de novo e de novo, qualquer que fosse o empreendimento ou projeto. Fracassar era um padrão que eu já conhecia bem, e que portanto, tornou-se um hábito corriqueiro, meio que "natural" para mim. E então, desisti de tentar conquistar o que quer que fosse que eu desejava e passei a não desejar mais. Foi aí que comecei o pior e mais devastador processo de sabotagem: o consciente.
Não eu não lutei contra o meu inimigo interno, mas eu me rendi a ele. Não o tirei da jogada, mas fiquei contra mim mesmo e me dei por vencido de qualquer batalha ou luta.
Pela minha própria sabotagem me resignei, me odiei, me puni e me perdi. Tornei-me um peso para a família, vivi infeliz a cada dia e terminei sendo meu próprio e cruel inimigo.
E há quem pense que zona de conforto é confortável. Não, não é! Enquanto você fica paralisado, com medo, ouvindo sequencialmente as vozes críticas dizendo como você é um perdedor, aterrorizado diante da própria incapacidade, reforçando a auto-imagem negativa, erguendo muralhas de defesas e se sabotando cada vez mais e mais como um viciado em auto-sabotagem, creiam-me, não há conforto nisso, e sim muita dor, sofrimento, vergonha, miséria e angústia.
Como se chega nisso? Porque abandonamos nosso propósito, recuamos dos nossos sonhos e abrimos mãos da nossa verdade? Por que somos cruéis com a gente e nos sabotamos?
Porque basicamente perdemos o nosso senso de dignidade e capacidade.
Para parar a auto sabotagem é necessário interromper o padrão sabotador e criar uma nova perspectiva de vida. Uma pela qual vale a pena viver para lutar e se orgulhar.
A pessoa que está passando por um processo crônico de auto sabotagem só vai conseguir se reestruturar e reconstruir a própria vida com apoio profissional que saiba como reverter a consciência de valor, de mérito e de confiança do cliente.
A maior parte dos meus serviços e textos são sobre autoestima e autoconfiança. Por que será? Bem talvez não seja apenas porque eu sei como é perder ambas, ah sim já estive lá também no fundo do poço, mas porque a única maneira de inverter uma situação assim é mudando a maneira como a pessoa acredita e sente não apenas sobre si, mas também sobre as situações que ela tem que lidar na vida.
É fácil? Nunca é! É treino (disciplina, comprometimento e ações sistematizadas). E sim, parar a auto sabotagem é totalmente possível!!
Por Silvia Parreira
Diário de Bordo é uma série de
relatos pessoais e profissionais (mediante autorização prévia do cliente, é
claro), que tem por objetivo compartilhar o que eu aprendi ao longo da
minha jornada profissional, como professora, empreendedora, terapeuta,
consultora, conselheira e coach.
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